“Acabo de decidir que não entraremos com o recurso em apoio às decisões da maioria dos prefeitos da Azonasul e, também, pelo aumento de casos nos últimos dias”. O anúncio das 16h30min de domingo, feito pelo prefeito de São Lourenço do Sul, Rudinei Harter, acabou fortalecendo ainda mais a decisão regional tomada pelos chefes do Executivo que integram a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) em acatar a bandeira vermelha, classificando a região como alto risco de contagio para o coronavirus.
A decisão coletiva, já tomada no início da tarde de sábado após a reunião emergencial entre prefeitos, secretários de Saúde e coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, foi articulada pelo presidente da Azonasul, Luis Henrique pereira da Silva, prefeito de Arroio Grande, levando em conta problemas como a ocupação de leitos hospitalares, tanto UTI’s como leitos convencionais; a falta de medicamentos; o aumento de óbitos e a curva ascendente de casos confirmados de pacientes contaminados pela Covid-19 na R21 (região Pelotas/Rio Grande), denominada pelo Governo do Estado para a estratégia de distanciamento social, aglutinando 22 municípios da região.
“Estamos em busca de alternativas para contornar todos esses problemas. Mas, o mais importante ainda é conscientizar as pessoas sobre o perigo da doença e fazer com que as mesmas respeitem as restrições ao máximo”, disse.
R-00 - Dezesseis prefeituras enquadradas na regra R-00, que não apresentaram nenhum caso de hospitalização e óbito por Covid-19 nos últimos 14 dias anteriores ao levantamento que define a bandeira, foram instruídas a adoção de protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio. São elas: Amaral Ferrador; Arroio do Padre; Arroio Grande; Capão do Leão; Cerrito; Chuí; Cristal; Herval; Jaguarão; Morro Redondo; Pedras Altas; Pedro Osório; Pinheiro Machado; Santa Vitória do Palmar; Santana da Boa Vista e Turuçu.
TENTATIVA – O prefeito de Canguçu, Vinicius Pegoraro, aguarda até a terça-feira a resposta ao recurso interposto pela prefeitura para o retorno à bandeira laranja. Ele afirmou entender que as atividades comerciais em funcionamento não interagem diretamente ao aumento de casos de contaminações em seu município e que buscaria a reversão das restrições. As chances de Pegoraro, no entanto, são pequenas conforme adiantou a coordenadora regional de Saúde, Caroline Hoffmann, uma vez que o município apresentou caso de óbito nos últimos quinze dias levados em conta para na avaliação estadual para a atribuição das bandeiras.
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