Depois da decisão do governo estadual oferecendo autonomia para gestores públicos decidirem pela retomada das atividades profissionais, especialmente abertura de comércios em cidades gaúchas não localizadas nas regiões Metropolitana e da Serra, os prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) definiram ontem (16), durante reunião online, pela adoção de flexibilização gradual, parcial e controlada das regras de isolamento contra o coronavírus. Os gestores da região defendem, no entanto, o rigor no cumprimento de todas as medidas sanitárias e buscarão o aval nos comitês técnicos municipais.
A partir da próxima segunda-feira, por exemplo, os municípios que até o momento não apresentaram casos confirmados da doença, reabrirão pequenas lojas e estabelecimentos comerciais prestadores de serviços, como gráficas e oficinas. Já em localidades onde se confirmaram casos da doença, os planos de reabertura sofrerão escalonamento e as restrições serão maiores.
Conforme o presidente da Azonasul, Luis Henrique Pereira da Silva, prefeito de Arroio Grande, os prefeitos estão sofrendo forte pressão, mas querem priorizar a saúde da população e a segurança. “Entendemos as questões econômicas, sobretudo, em nossa região assolada por uma estiagem prolongada, com perdas sem precedentes no setor primário e reflexos em toda a sociedade”, disse, ao destacar a falta de atenção oferecida pelas esferas estadual e federal para mitigar os prejuízos, tanto da estiagem como da pandemia. A maioria das prefeituras, segundo o presidente, recebeu uma quantidade mínima de máscaras e álcool gel e ainda aguarda os recursos federais: “são dos cofres municipais os recursos dos investime ntos rea lizados até o momento para o controle da doença, salvo àqueles com gestão plena da saúde, que obtiveram um repasse maior, como Pelotas”, complementou.
DECRETOS – No início da tarde de ontem, as prefeituras iniciaram as publicações de seus novos decretos. Porém, escolas, academias de ginásticas, eventos e outras atividades presenciais com aglomeração de pessoas estão ainda suspensas na maioria das localidades até, pelo menos o início do mês de maio. A equipe técnica da Azonasul recomendou aos chefes do Executivo que caso seja detectado uma piora nos índices de contaminação pela Covid-19, os governos sempre terão a possibilidade de acionar o freio de emergência e reintroduzir medidas restritivas, o que já ocorreu em outras localidades do mundo, onde se conseguiu inicialmente conter a disseminação do vírus mas que diante de uma segunda onda de infecções o regime de quarentena voltou a ser decretado.
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