top of page

PREFEITOS DA AZONASUL DEFENDEM O FORTALECIMENTO DO SUPER PORTO DE RIO GRANDE.


A Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), que reúne 23 prefeituras da região sul gaúcha, manifestou sua preocupação e rejeição à recente aprovação do projeto de construção do Porto Meridional em Arroio do Sal, anunciado pelo Governo Federal. A entidade, presidida pela prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, argumenta que a iniciativa trará graves impactos socioambientais e econômicos para o Rio Grande do Sul, enquanto o potencial portuário existente em Rio Grande e Santa Catarina ainda é subutilizado.


IMPACTOS ECONÔMICOS


Um dos principais pontos levantados pelos prefeitos da Azonasul questiona a viabilidade econômica do Porto Meridional. A entidade, em conjunto com especialistas, alertou que os portos de Rio Grande e do sul de Santa Catarina, que já possuem uma infraestrutura adequada, estão subutilizados. A construção de um novo porto poderia apenas redistribuir as cargas entre os terminais existentes, sem gerar benefícios adicionais ao estado.


“O Porto de Rio Grande já tem uma infraestrutura robusta e eficiente. Qual é a lógica de criar um novo porto quando temos uma capacidade ociosa significativa aqui? Precisamos concentrar esforços em modernizar e maximizar o uso do que já está em operação”, argumentou Paula Mascarenhas.


PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS


Além do impacto financeiro, a Azonasul destaca o potencial dano ambiental com a construção de uma barreira impermeável no mar, que faz parte do projeto do novo porto. A obra poderá causar retenção de sedimentos, aumentar as praias ao sul e provocar erosão ao norte. Nos últimos eventos climáticos, os problemas decorrentes de assoreamentos ficaram evidenciados e a gravidade das ocorrências geram um aumento da insegurança em relação ao referido projeto e à estratégia da barreira impermeável.


ACESSO TERRESTRE INADEQUADO


Outro ponto crucial destacado pela entidade é a falta de infraestrutura terrestre para o transporte de cargas pesadas até Arroio do Sal e, consequentemente, o desvio de recursos para as obras estruturantes da região sul, como o termino da duplicação da BR 116 e demais investimentos em logísticas, para a localidade.


“Antes de pensar em novos portos, deveríamos estar falando sobre melhorias na infraestrutura existente, como a ampliação das hidrovias e a otimização dos acessos terrestres aos portos atuais. Falta clareza nos custos e benefícios desse projeto”, alertou a presidente da Azonasul.


A Azonasul reafirma seu compromisso com o fortalecimento do Super Porto de Rio Grande, que já tem capacidade para atender as demandas logísticas do estado.

Os prefeitos alertam que o Rio Grande do Sul vive um momento de retomada e defendem que novos investimentos sejam canalizados para infraestrutura portuária já existente, que possui potencial para crescer sem os impactos negativos de se começar do zero.

24 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page